ZéVitor - Incertezas

A incerteza de um verso no soar de um momento
Nas rimas de um segundo nos sopros de um silêncio
Nas linhas de um absurdo envolto em sentimento
E da admirável forma de vê-los em consenso

Minha mente voa, se adapta, recria
Procria o que cria, contraste existe e crescia
E se nós fossemos sintonia
Já que ontem me olhava, mas também não me via

Do céu a terra é mera cinza e azul
E se instaura o caos com o derretimento do pólo sul
E se entrar em guerra centro, o sul e o norte
Quantas panela aguenta a pressão mais forte?

A quanto tempo que eu não me sinto à vontade
Que eu não sou eu mesmo, mas tenho minha liberdade
Seja o melhor pra quem esteja perto
A energia propagada já é um ato de bondade

Tanto a falar, mas sem música as palavras quase não saem
Vai entender, as batidas me deixam a vontade é o que tenho pra dizer
Acho que a melodia voa
Acho que o tom me distrai
Enquanto o seu olhar destoa a toa
Sua silhueta já me atrai

Mas eu e minha mania de ser lobo solitário
De ter a alcateia, mas ter um lado deslocado
De ser tão calado, interno e centrado
E de perder aos poucos a quem tem tudo acompanhado

E o sol caminha devagar mas atravessa o mundo
O beijo despretensioso causa arrepio
E se o nosso abraço dura mais que um minuto
Eu sigo te amando amor, mas sem dar nenhum pio

Alguns passos e as âncoras me agarram
Eu finjo que não ligo enquanto eu engulo o choro
E as decisões hoje me pegaram
E jogaram na minha cara tudo de novo

Deixe-me entregue aos vícios
Um beijo a mais, outro a menos é questão de capricho
A incerteza de um verso no lixo
E toda clareza dos finais indecisos

Tanto a falar, mas sem musica as palavras quase não saem
Vai entender as batidas me deixam à vontade é o que tenho pra dizer
Acho que a melodia voa
Acho q o tom me distrai
Enquanto o olhar destoa a toa
Sua silhueta já me atrai