E eu sou participação na sua realidade
Seu amor que mora do outro lado da cidade
O ermitão que se afasta da sociedade
Te conhecer acabou com a minha sobriedade
E não importa mais se eu tô sempre longe
Quando você se vai o meu amor se esconde
E demora a voltar, tem medo de se ferir
E não para de pensar em poder te ter aqui
Pegos em flagrante
Eu tô na porta da tua casa com uma saudade gigante
Nem a mais bela paisagem, nem os livros da minha estante
Foram capazes de conseguir me deixar distante
Longe de você
A inconsciência inventa o que não consigo ver
Eu componho histórias que gostaria de viver
E será utopia esse amor que digo conhecer?
Na sua realidade
Seu amor que mora do outro lado da cidade
O ermitão que se afasta da sociedade
Te conhecer acabou com a minha sobriedade
Será que podemos amar sem que nos percamos?
Falo pelos percalços pelos quais passamos
Eu quis amar descalço e acabei pisando
Nos cacos quebrados do teu outro sonho
Será que o equilíbrio vou encontrar?
Será que eu aprendo, amor, a te amar?
Não consigo entender, não me importar e abster
Tempos modernos demais pra lidar
E acordei tentando esconder tão fundo o meu amor
Tentei que nem eu mesmo conseguisse achar
Pra esquecer aos poucos que você ficou
Do meu lado, meu amor, até eu te amar
Fingi pra mim que não te conheci
Que o seu carinho bom nunca me tocou
E que seu rosto nunca eu nem vi
Na sua realidade
Seu amor que mora do outro lado da cidade
O ermitão que se afasta da sociedade
Te conhecer acabou com a minha sobriedade
Na sua realidade
Seu amor que mora do outro lado da cidade
O ermitão que se afasta da sociedade
Te conhecer acabou com a minha sobriedade